Como surgem as fobias?
O nosso cérebro cria muitas associações negativas com o intuito de nos proteger. Por exemplo, imagine uma pessoa que sentiu muita dor ao arrancar um dente. Algum tempo depois, quando ela volta ao dentista, pode sentir muito medo, mesmo que não sinta nenhuma dor.
Isso acontece porque o cérebro dela criou uma associação entre “ir ao dentista” e “sentir muita dor”. Então, para protegê-la, o cérebro, inconscientemente, ativa a emoção do medo para fazê-la fugir daquele perigo. A isso chamamos fobia.
A fobia é um dos transtornos de ansiedade mais comum. Se divide em três grupos principais:
- Fobias específicas: medo intenso causado por estímulos ou situações específicas, como a fobia de cobra (estímulo específico) ou fobia de lugares fechados (situação específica).
- Agorafobia: Geralmente acompanha da síndrome do pânico. A agorafobia consiste em um medo extremo de situações em que parecem ser difíceis de se sair. Entre essas situações, estão espaços abertos, tráfego viário, centros comerciais, ou simplesmente qualquer situação em que a pessoa se encontra fora do local de residência.
- Fobia social: Esse tipo de fobia está relacionado com o medo exagerado de situações sociais. A pessoa fica ansiosa ao lidar com as outras ao seu redor pelo receio de sofrer avaliações negativas ou se sentir humilhada.
Os sintomas da fobia vão muito além da agitação mental causada pelo medo. Durante as crises, levam a taquicardia, tremedeira, suor excessivo, falta de ar, tontura e até mesmo desmaios.
10 Tipos de Fobia mais comuns
O medo é uma emoção básica que permite às pessoas e animais evitarem situações de perigo. No entanto, quando o medo é exagerado, persistente e irracional, é considerado uma fobia, levando a pessoa a fugir da situação que a causou, provocando sentimentos desagradáveis como ansiedade, tensão muscular, tremor, rubor, palidez, sudorese, taquicardia e pânico.
Existem vários tipos de fobias que podem ser enfrentadas e tratadas com sessões de psicoterapia ou com o auxílio de medicamentos específicos.
1. Tripofobia
A tripofobia, também conhecida por medo de buracos, acontece quando se sente mal-estar, coceira, tremores, formigamento e repulsa no contacto com objetos ou imagens que tenham buracos ou padrões irregulares, como favos de mel, agrupamentos de buracos na pele, madeira, plantas ou esponjas, por exemplo. Em casos mais graves, este contacto pode provocar enjoos, aumento dos batimentos cardíacos, e até mesmo levar a uma crise de pânico.
Segundo uma investigação recente, isto acontece porque as pessoas com tripofobia fazem uma associação mental inconsciente entre estes padrões e uma possível situação de perigo e o medo surge, em maior parte das vezes, em padrões criados pela natureza. A repulsa sentida deve-se à semelhança do aspecto dos buracos com vermes que causam doenças na pele, ou com a pele de animais venenosos.
2. Agorafobia
A Agorafobia caracteriza-se pelo medo de permanecer em espaços abertos ou fechados, de usar transportes públicos, permanecer em uma fila ou ficar no meio de uma multidão, ou mesmo sair de casa sozinho. Nestas situações, ou ao pensar nelas, as pessoas com agorafobia sentem ansiedade, pânico, ou têm outros sintomas incapacitantes ou constrangedores.
A pessoa que tem medo destas situações, evita-as ou enfrenta-as com muito medo e ansiedade, precisando da presença de uma companhia para as suportar sem medo. Nestes casos, a pessoa tem uma preocupação constante de sofrer ataques de pânico, perder o controle em público ou que aconteça algo a deixe em perigo.
Esta fobia não deve ser confundida com fobia social, em que o medo vem da incapacidade da pessoa para interagir com outras.
3. Fobia social
A fobia social, ou transtorno de ansiedade social, caracteriza-se por um medo exagerado de interagir com outras pessoas, podendo condicionar muito a vida social e levar a estados depressivos. A pessoa que tem fobia social sente-se muito ansiosa em situações como comer em locais públicos, entrar em lugares cheios, ir a uma festa ou a uma entrevista de emprego, por exemplo.
Geralmente, estas pessoas sentem-se inferiores, têm baixa autoestima, têm medo de ser agredidas ou envergonhadas pelos outros, e provavelmente no passado passaram por experiências traumatizantes como bullying, agressões, ou foram muito pressionados pelos pais ou professores.
Os sintomas mais frequentes da fobia social são ansiedade, aumento do ritmo cardíaco, dificuldade em respirar, suores, rosto vermelho, mãos trémulas, boca seca, dificuldade em falar, gaguez e insegurança. Além disso, a pessoa também fica muito preocupada com o seu desempenho ou com o que poderão pensar dela. A fobia social tem cura se o tratamento for devidamente feito.
4. Claustrofobia
A claustrofobia é um tipo de transtorno psicológico em que a pessoa tem medo de estar em locais fechados, como elevadores, ônibus muito cheios ou cômodos pequenos, por exemplo.
As causas desta fobia podem ser hereditárias ou estar associadas a um episódio traumático na infância, em que a criança ficou fechada numa divisão ou num elevador, por exemplo.
As pessoas com claustrofobia acreditam que o espaço onde estão vai ficando menor, desenvolvendo assim sintomas de ansiedade como suores excessivos, boca seca e aumento do ritmo cardíaco.
5. Aracnofobia
A aracnofobia, também conhecida pelo medo de aranha, é uma das fobias mais comuns, e acontece quando a pessoa tem um medo exagerado de estar perto de aracnídeos, levando-a a perder o controle, podendo também sentir tonturas, aumento do ritmo cardíaco, dor no peito, sensação de falta de ar, tremores, suor excessivo, pensamentos de morte e enjoos.
Não se sabe ao certo quais as causas da aracnofobia, mas acredita-se que poderá ser uma resposta evolutiva, já que as aranhas mais venenosas provocam infecções e doenças. Assim, o medo das aranhas é uma espécie de mecanismo de defesa inconsciente do organismo, para não se ser picado.
Assim, as causas da aracnofobia podem ser hereditárias, ou estar associadas ao medo de se ser picado e morrer, ou por ver outras pessoas com o mesmo comportamento, ou mesmo devido a experiências traumáticas sofridas com aranhas no passado.
6. Coulrofobia
A coulrofobia caracteriza-se por um medo irracional de palhaços, em que a pessoa se sente traumatizada com a sua visão, ou apenas imaginando a sua imagem.
Acredita-se que o medo dos palhaços possa começar na infância, porque as crianças são muito reativas a pessoas estranhas, ou devido a um episódio desagradável que possa ter acontecido com palhaços. Além disso, o simples fato do desconhecido, de não se saber quem está por trás da máscara provoca receio e insegurança. Outra causa desta fobia poderá ser a forma como os palhaços maus são representados na televisão ou no cinema, por exemplo.
Embora seja visto por muitos como uma brincadeira inofensiva, os palhaços provocam em pessoas com coulrofobia sintomas como suor excessivo, enjoo, batimento cardíaco acelerado, respiração rápida, choro, gritos e irritação.
7. Acrofobia
A acrofobia, ou medo de altura consiste num medo exagerado e irracional de locais altos como pontes ou varandas de edifícios altos por exemplo, especialmente quando não há proteção.
Esta fobia pode ser desencadeada por um trauma vivido no passado, por reações exageradas pelos pais ou os avós sempre que a criança estava em locais com alguma altura, ou simplesmente por instinto de sobrevivência.
Além dos sintomas comuns a outros tipos de fobia como o suor excessivo, tremores, falta de ar e aumento do ritmo cardíaco, os mais comuns deste tipo de fobia são incapacidade de confiar no próprio equilíbrio, tentativas constantes de se agarrar a algo, choro e gritos.
8. Medo de avião
A aerofobia é uma fobia é um transtorno de ansiedade comum, cujos sinais apresentados pela pessoa, quando entram em um avião, podem ser semelhantes a uma crise de pânico. Isso acontece mesmo que a pessoa saiba o quão seguro é o transporte.
Além disso, a maioria das pessoas que têm medo de avião nunca passou por uma situação traumática dentro da aeronave. Outra curiosidade sobre a aerofobia é que, no geral, a pessoa não tem medo do avião cair, mas sim de se sentir mal dentro dele e não ter como ser socorrida.
9. Fobia de barata
Também chamada de catsaridafobia, a fobia de barata é muito comum. Mesmo que as pessoas saibam, racionalmente, que o inseto pode ser facilmente controlado e eliminado, o medo exagerado acontece. O problema é que é desmedido e incontrolável.
Isso pode estar associado à ligação que a mente faz desse inseto com a sujeira ou com a transmissão de doenças, por exemplo. Ao saber disso, algumas pessoas acabam desenvolvendo uma reação exagerada ao risco que o animal realmente representa. Quando o indivíduo que tem catsaridafobia vê o animal ou uma imagem dele pode apresentar:
- pensamento confuso;
- agitação mental;
- taquicardia;
- mal-estar;
- comportamento de fuga.
10. Tripanofobia
Tripanofobia é o nome dado a quem tem fobia de agulhas. No dia a dia, pode ser até que esse problema não seja notado com tanta frequência. Contudo, quando não tratado, esse transtorno de ansiedade pode dificultar o tratamento de uma doença. Também é prejudicial na hora de ser vacinado e se proteger das mais diversas enfermidades.
Usando a PNL para curar fobias
Como uma fobia tem cura por meio da Programação Neurolinguística?
A técnica para Cura Rápida de Fobia é baseada no conceito das submodalidades, desenvolvido pela PNL.
Na PNL, as modalidades seriam os nossos 5 sentidos: visual, auditivo, cinestésico, olfativo e gustativo.
Por sua vez, as submodalidades seriam as propriedades de cada um desses sentidos. Por exemplo, a modalidade visual é constituída por submodalidades de cores, luminosidade, tamanho, foco, distância, proporção e etc. A modalidade auditiva é constituída por sons graves e agudos, volume alto ou baixo, tempo rápido ou devagar, sons internos ou externos, mono ou stereo… E assim por diante.
Segundo a PNL, as submodalidades das nossas lembranças estariam diretamente conectadas com a forma como nos sentimos em relação a algo.
Por que pessoas que viveram momentos intensamente tristes no passado, voltam a ficar tristes quando se lembram deles? A PNL explica que isso ocorre devido à recordação do acontecimento. Pois, ao lembrar, a pessoa utilizaria as mesmas submodalidades associadas com a tristeza.
De acordo com Richard Bandler, criador da PNL, enquanto as submodalidades permanecessem as mesmas, as fobias e os traumas iriam também permaneceriam. Mas, traumas e fobias têm cura caso se alterem as submodalidades.
Para ilustrar melhor, Bandler explicava que, quando uma pessoa pensava em um dia triste e se imaginava assistindo a cena projetada em uma tela de cinema, enquanto estava sentada em uma cadeira bem distante, alterava a percepção de tristeza em relação à cena. Deixava-a bem menos intensa do que se estivesse lembrando-se da cena, como realmente aconteceu.
Essa ideia de usar o distanciamento para ajudar uma pessoa a lidar com os seus sentimentos em relação a algo que a incomoda não vem da PNL, mas sim da Psicologia Comportamental.
– Você
Para que a terapia funcione é preciso que, primeiramente, você queira que a mudança aconteça e faça parte do processo.
A partir de então o terapeuta pode fazer sua parte analisando e buscando fazer uma terapia sob medida que trará o melhor resultado de preferência no mínimo de sessões possíveis.
Hipnoterapeuta em Manaus
A cidade de Manaus possui vários terapeutas formados. O Instituto Upper vem trazendo professores conhecidos no meio para capacitar cada vez mais as pessoas em Manaus.
Da mesma forma o Instituto possui terapeutas formados, atuando e sempre se capacitando para atender cada vez melhor.